Continuação do post anterior.

Continuação de Deus é espírito.

Talvez você esteja pensando: ”Se Deus é imaterial, por que razão, então, a Bíblia fala sobre as mãos, os pés, os ouvidos, a boca, o nariz ou a face de Deus? Por que existem passagens bíblicas que falam como se Deus estivesse fazendo alguma coisa que um ser humano também faria?” Para exemplificar, o Salmo 98.1 refere-se a “sua mão direita e seu braço santo”; o Salmo 99.5 fala de alguém a adorá-lo “diante do estrado de seus pés”; e Salmo 91.4 refere-se a “suas penas” e “suas asas”.

Visto que é muito difícil para nós realmente compreendermos a essência divina, Ele impulsionou os escritores sagrados a usarem objetos que nos são familiares, aplicando algumas características dos mesmos a Deus. Dessa forma, obtemos alguma compreensão do desconhecido através do que é conhecido. Quando esse tipo de linguagem é empregado, chamamo-lo de linguagem figurada. Nesse caso a idéia não deve ser entendida literalmente, como se fora um fato, mas apenas como símbolo que representa algum conceito.

Quando lemos nas Escrituras que Deus é espírito, compreendemos que; 1. Ele não tem um corpo físico; 2. Deus não tem corpo em forma física, mas é perfeitamente capaz de revelar-se através de alguma forma física; e 3. As referências bíblicas que mostram Deus fazendo algo que os homens também fariam, usam uma linguagem figurada.

Deus é Uno.

Quando dizemos que Deus é uno, referimo-nos a três conceitos: 1. A unidade numérica de Deus; 2. A singularidade de Deus; e 3. A simplicidade de Deus.

A unidade numérica de Deus.

Quando falamos sobre a unidade de Deus, referimo-nos ao fato que, numericamente, Ele é um único Ser. Visto que só existe um Ser divino, todos os demais seres existem por meio dEle, dEle e para Ele. Paulo ensina em 1 Coríntios 8.6: “... todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele”. A segunda parte desse versículo talvez pareça contradizer o conceito que diz que Deus, numericamente, é um só. Isso será explicado mais adiante, quando estivermos falando sobre a Trindade.

 Salomão refere-se a unidade numérica de Deus em 1 Reis 8.60 quando diz: “... para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus, e que não há outro”. Cercado por todos os lados por nações que ofereciam uma grande variedade de divindades a serem escolhidas, algumas vezes o povo de Israel achou difícil guardar a idéia que o Ser divino é uno. Com freqüência e correndo grande risco pessoal, os profetas clamaram ao povo, para lembrarem que Jeová é um único Deus (Deuteronômio  4.35-39).

A crença de que existem muitos deuses faz parte da sociedade em que você vive? Você conhece algum ensinamento acerca desses supostos deuses e do seu relacionamento com as pessoas? Observamos que, em alguns países, as pessoas adoram a muitos deuses, ou então àquilo que eles consideram deuses. Algumas vezes parecem existir deuses na cultura de cada grupo racial e em cada setor de suas vidas, de tal maneira que há grande pluralidade de deuses. Porém, a Bíblia ensina a singularidade de Deus; só pode existir um Deus.

A Singularidade de Deus.

Outros versículos da Bíblia, como o de Deuteronômio 6.4, referem-se a singularidade de Deus: “Ouve, ó Israel, o  Senhor nosso Deus é o único Senhor”. A palavra aqui traduzida por único, no hebraico significa uma unidade. Um cacho de uvas é uma unidade com muitas uvas, pois é um só cacho. Assim, somente Jeová é o verdadeiro Deus, digno de ser chamado Jeová. Essa é a mensagem de Zacarias 14.9: “... naquele dia um só será o Senhor, e um será o seu nome”. Essa mesma idéia é expressa com grande clareza em Êxodo 15.11: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, terrível em louvores, obrando maravilhas?” Naturalmente, a resposta é que não existe outro Deus que se compare com Ele. Ele é Deus único.

Esses versículos certamente rejeitam a possibilidade de que Deus seja apenas um dentre muitos deuses. Ele é o soberano que governa o universo; e, além dEle, não existe outro Deus. Por todo o registro do Antigo Testamento, Deus relembra Seu povo de que Ele é o único Deus.

Uma definição muito usada de Deus começa dizendo algo como: “Deus é um espírito eterno, que criou os céus e a terra”. Sem importar que substantivo se use para definir a Deus, quase sempre há um artigo indefinido diante do mesmo: “Deus é um espírito...” Isso dá a idéia de que podem existir outros espíritos de igual importância. Mas, vejamos quão diferente torna-se a definição quando é usado o artigo definido, em lugar do indefinido: “Deus é o espírito eterno que criou os céus e a terra”. Esta é a definição correta, porquanto nenhuma outra pessoas ou ser, pode ajustar-se dentro dessa categoria. Deus é o único Deus.

Continua no próximo post.

 

publicado por homota às 16:22