Mensagem de Boas Novas:
A Palavra de Deus nos ensina em Mateus 22:29 RA: “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”.
O sermão do monte veio como algo totalmente novo. É um dos grandes discursos de Jesus, uma obra prima que sintetiza grande parte dos ensinamentos de Jesus Cristo (Mateus 5.1-7.29). Ele é considerado como sendo a Ética do Reino de Deus, ou o Evangelho do Reino de Deus, para alguns estudiosos. No sermão do monte, Jesus trouxe uma forma mais apropriada de interpretar a Lei que contrariava o entendimento dos líderes dos judeus. Em Mateus 5.21-45, nas chamadas antíteses, Jesus cita trechos da Lei e, logo após, dá o seu entendimento, em relação ao homicídio, ao adultério, aos juramentos, a vingança e ao amor ao próximo, em contraposição ao entendimento que os judeus davam ao assunto, notadamente os fariseus. Em seguida, Ele ensina aos seus discípulos a não praticarem obras com o fim de serem vistos pelos homens, como se deve dar esmolas, como se deve orar e como jejuar, divergindo do entendimento dos fariseus, que incluíam a sua tradição na interpretação da Lei (Mateus 6.1-18).
No sermão do monte Jesus também ensina qual é o seu entendimento a respeito de diversos assuntos como: - Não acumulem tesouros sobre a terra; - quem vê a vida com bons olhos, terá o corpo cheio de luz e quem a vê com olhos maus, estará em trevas; - ninguém pode servir a dois senhores; - não andeis ansiosos quanto ao que haveis de comer, de beber e de vestir. Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e todas essas coisas lhe serão acrescentadas; - não julgueis para que não sejais julgados; - não deis o que é santo aos cães; - incita o povo a orar: pedi e dar-se-vos-á. Buscai e achareis. Batei e abrir-se-vos-á; - mostrou que existem dois caminhos; - alertou sobre os falsos profetas, ensinando a conhecê-los pelos seus frutos; - falou dos dois fundamentos, onde mostra o que acontece com aqueles que praticam e os que não praticam as suas Palavras (Mateus 6.19-7.27).
Jesus, também proclama as bem-aventuranças e os ais (Lucas 6.20-26), quando mostra a sua preferência pelos pobres, os que passam fome, os que choram, os mansos, os limpos de coração, os pacificadores e os perseguidos; em contraposição aos ricos, aos que estão fartos e riem e são louvados por todos. Declara que os seus discípulos são a luz do mundo e o sal da terra. Quando afirma que a Lei e os profetas vigoraram até João (Lucas 16.16), Jesus está reivindicando que, com a Sua pregação, começou um novo tempo na revelação da vontade de Deus. Jesus também entendeu que era sua tarefa dar o sentido verdadeiro à revelação da Lei e não revogá-la quando afirma que veio cumprir, (notadamente as profecias, os salmos messiânicos e a Lei de Moisés, conforme o seu entendimento), a Lei e os profetas (Mateus 5.17). Jesus, também advertiu os fariseus mostrando-lhes que tudo o que, na interpretação da Lei, contrariava os princípios que Jesus ensinou, ou seja, o amor, a justiça, a misericórdia e a fé não seriam mais válidos (Mateus 23.23). Ao final do sermão do monte as multidões ficaram maravilhadas porque Jesus ensinava com autoridade e não como os escribas. E descendo Ele do monte, multidões o seguiram (Mateus 7.28-8.1).
A ética do Reino, baseia-se também no fato de que Jesus nunca hesitou em falar acerca de recompensa e castigo, que deverão ser concedidos aos homens de acordo com os seus atos por ocasião da vinda do Juízo. Nessa época o helenismo exercia grande influência sobre os judeus. As demais nações pagãs daquela região, também estavam fortemente influenciadas pela cultura helenística. Os helenistas esperavam a salvação pela sabedoria, quando os filósofos refletiam procurando encontrá-la e esperavam formar a vida eterna segundo as suas normas. Os rabinos começaram a interpretar a Lei, com os entendimentos filosóficos absorvidos. Também introduziram a sua tradição juntamente com sua interpretação alegórica. Por isso, era difícil para judeus e gregos aceitar o que a ética do reino trazia de inovação (1 Coríntios 1.22,23). Para os líderes dos judeus era um desafio que contrariava a Lei, segundo seu entendimento, e provocava entre eles irritação e aversão. As nações pagãs também encaravam os ensinamentos de Jesus como um contra-senso em face da sabedoria dos homens.
publicado por homota às 13:38